O sacerdotepede para Lillgloo esperar um pouco e sai da capela. Quando volta, traz uma estola roxa nos ombros e um turíbulo com incenso. Ele dá sete voltas em torno de Lillgloo, sempre balançando o turíbulo e entoando um cântico monótono. Ao fim da sétima volta, põe as duas mãos sobre a cabeça de Lillgloo. Seus dedos tortos e unhas sujas pressionam-lhe a testa, enquanto o cântico se transforma aos poucos em invocações e gritos.
Em transe, o homem diz:
— Eu vejo uma batalha feroz... Sangue, morte e destruição... O horror, o horror!
Com um grito, ele cai no chão, inconsciente.
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— Para dizer a verdade, senhor, estamos todos tão perplexos que sequer podemos imaginar o que tenha acontecido. Ainda mais porque a prisão de Astor e Hermeto foram tão rápidas! Mas as tavernas sempre têm histórias, e uma delas é de que algum inimigo dos elfos estaria semeando toda essa discórdia, e teria envenenado o rei apenas para criar mais confusão. Já ouvi culparem os bankdis, os verrogaris, e até mesmo os dragões de Abadom — diz o criado.
À chegada de Tyssine, ele faz uma reverência e responde:
— Seja bem-vinda de volta a sua casa, senhorita. O senhor e a senhora de Tael partiram para Âmien há dois dias, assim como têm feito muitos elfos, tanto nobres quanto plebeus. Sobre Marl, nada posso dizer. Quando entrei para o serviço da asa, ela já estava, como direi?, um pouco confusa, sem compreender muito bem o que se pasa. Foi por isso que ninguém conseguiu convencê-la a sair também. Insistia que tinha que ficar para esperar por...
Nesse momento, ele se cala, como se tivesse dito algo errado.
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A chuva quase pára enquanto Mírwen e Akanien atravessam a cidade. De volta à casa, descobrem que ela está vazia e Mendagor desapareceu.