— Tem toda a razão, Astor é um mago experiente e não são correntes ou cordas que o impedem de fugir. Se ele é um traidor de fato, como tudo indica, o pouco que resta de sua honra élfica o obriga a aceitar as conseqüências de seus atos. Se é inocente, confia na justiça. Pelo menos é assim que eu vejo a situação. Mas acho pouco provável que haja engano. Ele foi pego praticamente saindo do quarto onde morreu o rei, pouco depois de uma terrível discussão. E ninguém além de Hermeto teria sido capaz de criar veneno tão poderoso — diz o sacerdote.
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No momento em que Mírwen consegue se aproximar o bastante para evocar sua magia e transmitir seus pensamentos a Astor, sua expressão muda. Da calma resignação de antes, ele passa à alegria e seus olhos vasculham a multidão até encontrar sua pupila.
Alguns segundos depois, seu corpo se recobre de uma luminosidade mística, o que faz as pessoas mais próximas recuarem com horror.
— Feiticeiro! Demonista! — gritam alguns. Uma pedra atinge Astor, e a luz se desfaz. Os guardas tratam de protegê-lo para evitar um apedrejamento.
— Pare com isso, não posso garantir sua vida desse jeito — diz o sargento.
Akanien se lembra das palavras de Tjeda, que sua irmã provavelmente esqueceu devido à emoção:
Os dois estão bem presos, e só não foram enforcados ainda porque é período de luto e só o rei pode confirmar a condenação à morte. Deve ser o primeiro ato de Darniar II após a coroação.Tyssine vê, perto dali, a entrada do cemitério e a capela de Cruine.