Donatar (102)
— Obrigada, filho. Que os deuses o protejam — agradece a mulher.
Ela pensa um pouco e depois responde à pergunta de Fandar:
— Aquele menino... Ele tem os olhos do avô, isso é verdade... E a mesma determinação... Mas é tão avoado... Crianças assim não deviam ficar ouvindo essas histórias de heróis e aventuras. Mas Darni ria... E dizia que o garoto precisava crescer sabendo quem eram seus ancestrais... Eu disse a ele: "Darni, você sabe muito bem que seu avô era um cavalariço e não matou dragão nenhum", mas ele continuava inventando essas coisas... E o menino adorava... Que Selimon cuide dele, onde estiver... Quem pode saber?
Ela suspira mais uma vez.
— E Lara... Acho que ela nunca aceitou muito bem essa corte... Não me entenda mal, eu gosto do príncipe como se fosse um filho... Mas acho que ele não sabe cuidar de uma mulher... Não como o pai cuidava...
Um suspiro mais fundo.
— De qualquer forma, quando Darniarzinho desapareceu, ela ficou furiosa... E com razão... Então logo depois apareceram aqueles monges na cidade... Ninguém deu muita atenção, mas no dia em que eles desapareceram, Lara também não estava mais aqui.