Balinor (6)

Fandar cura alguns dos doentes, que se levantam e agradecem profusamente, beijando suas mãos.


O estalajadeiro volta com pratos de sopa e uma garrafa de vinho. Serve a todos e se retira. Então Garimon respira fundo e diz:

- Eu estava num túnel longo e escuro, e havia uma luz forte no fim dele. Fui andando em direção àquela luz. Na verdade, eu não andava, eu estava flutuando. Então, quando cheguei do outro lado havia um salão com uma claridade tão forte que me cegou. Foi quando eu ouvi uma voz que parecia vir de todas as direções, e que soava forte como um trovão, fazendo tudo tremer. E a voz dizia: "Não tema, Garimon Ateno. Cruine lhe diz que ainda não chegou sua hora de cruzar o limiar da vida e da morte. Volte para o mundo dos vivos e leve uma mensagem ao meu servo". Nesse momento uma anã, que tinha o seu rosto - nesse momento, Garimon se volta para Jessyca - me tomou pela mão e me levou de volta pelo túnel. É a última coisa de que me lembro, então quando vi estava consciente e sendo retirado dos escombros.

Balinor (5)

A alcaidessa se aproxima e abraça o sobrevivente, dizendo:

- Pelos deuses! Garimon, você está vivo! De fato, é um milagre. Vamos até a estalagem, foi um dos poucos lugares que sobraram mais ou menos inteiros.

E Garimon, completamente restabelecido pela cura de Fandar, segue com ela rumo à estalagem.

- Venham também, por favor. Vamos ver em que podemos ajudá-los - ela acrescenta, dirigindo-se a Jessyca.

Balinor (4)

Com muita dificuldade, os tres conseguem remover os escombros. E libertam um homem velho, as roupas esfarrapadas, tossindo muito, com ferimentos por todo o corpo.

Nesse momento chegam mais pessoas e gritam:

- Milagre! É um milagre!