
Magurk olha para Akanien, para Hermeto e para o príncipe. Cochicha algo com o sábio que está ao lado do herbalista e enfim conclui:
— Que todos os deuses me perdoem... Faça o que tem que fazer, Hermeto. Mas se algo ocorrer com o príncipe, você morre aqui mesmo, e pelas minhas próprias mãos.
Hermeto usa a colherinha de estanho e com algum esforço administra o antídoto ao príncipe. Passam-se alguns segundos sem que nada pareça acontecer. De repente, Darniar ergue o tronco, tossindo violentamente. Seu corpo todo se convulsiona, ele leva as mãos ao peito, parecendo não consegfuir respirar.
— Guardas! — chama o primeiro-ministro, furioso, agarrando Hermeto pelo pescoço.
Os guardas que estavam na porta entram no quarto e avançam na direção do herbalista. Mas então o príncipe se levanta, tosse uma vez mais e vomita uma gosma verde-escura, que parece não ter fim. Um cheiro nauseabundo toma conta do quarto, e em seguida Darniar se senta em seu leito, levando a mão à testa, respirando fundo.
— Magurk... Gliff... O que aconteceu aqui? — ele pergunta, com uma voz frágil.
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— Não há nada mais que vocês possam fazer, escória élfica. Com o príncipe morto, sua mulher longe daqui e seu filho desaparecido, nada mais pode evitar o destino — ri o bobo.