Serfa (18)

O grupo se afasta, e o elfo vai atrás, tendo porém o cuidado de levantar do chão o pobre Dulo, dizendo: "Vamos, rapaz... não há nada mais para você aqui."

Chegando à tenda, encontram Truagrô apreensivo. Ele havia notado a confusão e estava esperando, ansioso. Ao receber a sacola, exclama, exultante: "Meus cogumelos! Obrigado, nobre senhor! Agora sim a verdadeira arte de Truagrô estará de volta!"

O cozinheiro responde a todas as perguntas do guarda, esclarecendo a situação. Ele faz questão de puxar as orelhas de Bitruk, xingando-o de "biltrezinho dos infernos".

"Por que trouxeram aqui esse traidorzinho? Não quero ver a cara dele nem do seu irmão nunca mais na minha vida!", reclama, magoado.

Depois, oferece um guisado que havia preparado na ausência dos heróis. "É uma coisa simples, sabem? Sem ingredientes secretos nem nada assim. Mas não podia deixar que vocês tivessem uma impressão errada de mim", explica.

O guarda, parecendo convencido da verdade do relato, só hesita em relação a o que fazer com o pequenino. "Bem, creio que uma noite na cadeia deve ensinar esse ladrãozinho. Mesmo que ele tenha sido controlado pelo feiticeiro, como vocês dizem, não acho cero deixá-lo solto no meio da festa", explica, tirando-o das mãos de Tyssine. "Aproveitem a sua passagem por aqui e de agora em diante tratem de não se intrometer nos negócios dos outros", diz, indo embora com Bitruk, em direção à praça.

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A outra mulher ri e responde a Mendagor:

"Mudar? Como assim, cavalheiro? O que pode mudar na vida de uma camponesinha? Vai usa uma coroa de lata até o fim da noite, achando que é alguma coisa, e amanahã volta para a lavoura, que é o seu lugar, colhendo cenouras ou o que quer que essa gente faça", ela responde.

A outra acena com a cabeça, concordando.

"Se viveu na corte, como diz, deveria saber disso. Nobres são sobres, servos são servos. Ou as coisas são diferentes no Norte?", pergunta.