Vila dos Minis (1)
O homenzinho ouve com atenção o discurso de Mírwen, embora a mulher que protestou antes continue dizendo a ele que não dê ouvidos aos gigantes. Crescem murmúrios entre os outros, até que ele ergue a mão, fazendo todos se calarem. Desce ao chão e espeta um dedo da elfa, recolhendo uma gota de sangue numa pequena taça. Depois, vai até Akanien e faz o mesmo. Por último, faz um corte em si mesmo e recolhe também um pouco do seu sangue, misturando tudo na taça e jogando tudo no chão.
— Que a terra seja testemunha de que Ticanopolifenotabum Marfonelibavagunca Jalelelelinopitrim se compromete a ajudar os gigantes no que for possível, caso eles ajudem os minis a resolver seu grave problema — anuncia, provocando um "oooohhh" em seu povo.
Logo os minis desamarram Akanien e Mírwen.
— Seu amigo gordo vai ficar aqui, como refém — explica porém um deles, com o estilete junto ao pescoço do pobre Truagrô, que permanece lívido e mudo.
O líder diz então aos dois elfos, que precisam se abaixar para ouvi-lo melhor:
— Os Minis sempre viveram em paz nesta região. Vivemos ao ar livre a maior arte do ano, mas no inverno precisamos nos refugiar nos troncos ocos das árvores para escapar do frio. Para isso, durante todo o ano fiamos e tecemos cobertas que possam nos proteger do frio, que ficavam guardadas no oco de um grande carvalho. Porém, na noite retrasada, houve uma tempestade e um raio derrubou a árvore. Corremos para salvar as cobertas do fogo, mas vieram aves gigantescas e roubaram tudo. Um de nós foi até mesmo levado por elas, que fazem seus ninhos no alto de uma grande árvore, onde nunca poderemos chegar. Mas vocês são gigantes! Vocês podem recuperar nosso tesouro!
E aí, o que você faz?1
"São aves gigantes, ferozes e cruéis, com garras afiadas e bicos assassinos", explica Ticanopolifenotabum.
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