Donatar (81)
Magurk diz ao herbalista:
— Se ainda há alguma nobreza em você, diga o que pode ser feito para salvar alguém que foi envenenado com urtiga-do-diabo.
— De que adianta isso, Magurk? Agora o rei está morto. E vocês não me deixaram tentar curá-lo — ele responde.
Enquanto isso, Astor sorri com grande esforço, depois diz:
— Calma, Hermeto. Vamos ver o que o primeiro-ministro e Glif têm a dizer.
Em seguida, envia uma mensagem a Akanien:
"O que você pretende, filho?"
Magurk explica que há outra vítima, e a notícia parece consternar os dois prisioneiros.
— Eu posso tentar um tratamento, mas preciso de acesso ao doente e a minhas coisas — explica Hermeto.
— Sair daqui? Nem pensar. Diga o que deve ser feito — insiste o nobre.
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O sacerdote de Cruine faz as apresentações.
— Bom Edínio, este é Fandar, um jovem seguidor. Ele vem de grandes tribulações e parece ter muitas outras em seu caminho. Creio que precisamos de sua ajuda como capelão do palácio.
Em seguida, pede a Fandar que explique rapidamente a situação.
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— Não creio que você conheça os conselheiros Armag e Murië. Senhores, esta é Tyssine de Tael — diz Eneon.
Os dois olham para a elfa como se não acreditassem.
— Senhorita — diz então Murië —, se tudo o que Eneon nos relatou é verdade, urge reunir o Conselho. Sua presença será necessária, mas creio que a única forma de levá-la ao palácio na atual situação é fazendo-a passar por prisioneira.
E, dizendo isso, pega um pedaço de corda.
E aí, o que você faz?13
Tyssine ajeita seus cabelos e responde aos homens:
- Desculpem, conselheiros, mas até onde posso compreender as leis deste estado uma prisioneira só teria direito a voz em um julgamento. Além disso eu seria prisioneira acusada por qual crime? Um assassinato contra o rei foi realizado, um golpe está em curso e milhares de vidas estão em jogo. Vi mazelas se espalhado sobre este reino e não creio que tenhamos tempo para esperar um julgamento.
"A poucos dias detivemos um ritual de convocação de um General das forças infernais para uma grande guerra que está por vir, os Bankidis estão tentando atacar. O rei foi envenenado por um humano que se passava por Gliff e tudo o mais desde então tem sido conduzido para que a paz entre homens e elfos neste reino enfraqueça. Daí surgem as injustiças e o ódio no coração de todos que são portas abertas para infiltração e conversão para o mal, há mais detalhes porém, neste momento Lady Tyssine de Taeal e Lorde Eneon se encarregam de desmascarar a farsa". (e.j pois Fandar havia deixado os dois com o farsante e não cita os aprendizes de Astor no momento pois haveria muito a se explicar)
- Magurk, o estado dele (o príncipe) é muito grave. Não podemos perder mais tempo! Sei que isso é arriscado; eu mesmo jamais pensaria que seria necessário isso, mas as circunstâncias nos forçam! E digo mais, talvez deveríamos levar o outro traidor junto, pois ele poderia ajudar Hermeto! Claro que precisaremos de guardas para nos acompanhar e sendo Astor um feiticeiro como dizem eu mesmo tratarei de amarrar bem suas mãos!
Não podemos perder mais tempo Magurk! Não podemos permitir que essa morte recaia sobre nossos ombros!
Depois Akanien diz em Contatos Mentais a Astor:
-Vim aqui para libertá-lo! Farei o que for preciso!
"Maldito orgulho élfico", resmunga Armag, num tom alto o bastante para Tyssine e Eneon ouvirem.
Murië explica:
— A senhorita não é acusada de nada. Será apenas um disfarce para podermos levá-la ao Conselho e expor toda a farsa .
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"Tome cuidado. Onde está Mírwen?", responde Astor a Akanien.
Em voz alta, ele diz, num tom firme e decidido:
— Não acho que seja preciso me levar junto. Se Hermeto não souber o que fazer, pouco poderei ajudar.
Magurk concorda com Akanien e manda que um guarda os acompanhe com Hermeto, cujas mãos são amarradas.
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Edínio suspira.
— Há muito suspeitava de alguma insídia semelhante. Não entendia o que Astor e Hermeto tinham a ver com isso, mas o que você diz faz sentido. Após a coroação, deverei ser substituído no cargo de capelão, e ao que tudo indica por um servo de Blator ou mesmo de Crezir. Devemos portanto agir enquanto ainda me resta algum poder.
Depois de uma pausa, ele acrescenta:
— Vamos falar ao príncipe. Pode ser meu último ato como capelão, mas estarei servindo a Selimon.
"Fandar concorda com um aceno de cabeça" e preparase para segui.r Edinio
- Mas se é apenas um disfarce eu poderia faze-lo apenas com roupas ou um penteado que cubra minhas feições élficas. Entrando como uma prisioneira, ainda que falsa, creio que alimentaremos ainda maiores desconfianças sobre meu depoimento, não concordam?
- Está bem! Está com outros companheiros nossos! Como posso fazer para libertá-lo? - diz Akanien a Astor pela mente.
"Faça surgir a verdade", transmite Astor a Akanien.
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Edínio conduz Fandar e o outro sacerdote à sala do trono, em dali, em seguida, aos aposentos do rei. No entanto, sua entrada no quarto é impedida por dois guardas.
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Os conselheiros concordam e pedem que Tyssine se disfarce.
— Mas ande rápido! — insiste Eneon.
Fandar observa silenciosamente
Tyssine entre na casa de seus pais e procura por alguma roupa que possa ajuda-la a encobrir suas feições élficas. Além disso, ela prende o cabelo de forma que cubra suas orelhas pontiagudas. Sua intenção não é ficar totalmente diferente, apenas não demonstrar que é uma elfa.
Depois disto, ela seguirá os conselheiros e Eneon.
Chegando ao castelo, Eneon de despede e fica do lado de fora, enquanto os dois conselheiros entram na sala do trono com Tyssine.
— Onde estão Magurk e Glif? Precisamos convocar o Conselho com urgência — diz Murië em voz baixa a uma dama vestida de roupas douradas.
— Creio que foram aos aposentos do príncipe — ela responde.
Murië e Armag se entreolham.
— Venha conosco — diz Armag a Tyssine, levando-a rumo à torre que dá acesso ao andar superior
Tyssine segue os conselheiros.
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