Donatar (72)
Akanien abre o baú e encontra roupas de Glif. Abrindo a porta, vê-se num longo corredor. Sempre seguindo o som (pela linha pontilhada no mapa), chega a um salão onde se encontram vários nobres. Num canto, o trono do rei, vazio.
O conde da Magarak está próximo de sua pilastra, segurando pelo braço sua constrangida filha e conversando com um velho ricamente trajado. Poucas pessoas olham diretamente para "Glif". Os que não desviam o olhar procuram se mostrar amistosos.
Um bardo termina nesse instante uma ode a toda a linhagem dos reis falecidos de Ludgrim. Então, Jader Jefer, vendo que "Glif" se aproxima, diz em voz bem alta:
— Então? Que tal nos contar mais uma daquelas histórias sobre elfos traidores?
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Começa a cair uma chuva bem fina, mas o prisioneiro permanece adormecido.
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Tyssine, montada em Argo, encontra Eneon perto do palácio real.
E aí, o que você faz?4
Tyssine se aproxima de Eneon, pedindo ao vice-rei uma audiência de poucos minutos em particular.
Akanien acaba se despindo de todas os seus preconceitos e de suas indignações e diz:
- Os elfos.... hoje não contarei outra daquelas histórias, mas compartilharei com vocês o que me vêm incomodando - ele baixa a cabeça
- Sabem, meus amigos, estive pensando muito esse dia e realmente tem doído muito em meu coração a atitude vil de muitos elfos! Vejo meus irmãos cometerem atrocidades e eu penso: onde foi parar a lucidez dada por Palier, ou o respeito aos seres vivos ensinado por Maira, ou a paz vindoura prezada por Selimon? Sinto como se Plandis tivesse dispensado uma enorme maldição sobre os elfos, retirando-lhes o bom senso e colocando-os em um ciclo de destruição e traição...
Onde estará a razão que gera o diálogo?
Onde estará a lealdade que promove a justiça?
Onde estará o amor que dá sentido à vida? - exclama Akanien de forma dramática, observando se há sinal de aprovação por parte de Jader Jafer!
Fandar fecha seus olhos enquanto esvcuta as palavras de Lorde Cruine ocultas em sua alma. Ouve o que elas sussuram a respeito das palavras: "Gliff, onde?" (contatos 1)
AC: Se Tyssine conseguir a audiência com Eneon ela irá falar com ele o seguinte...
- Majestade, conseguimos provas que uma grande farsa foi armada neste reino para forçar uma guerra contra os elfos. A morte do Prudente nada mais foi do que o ponto máximo de um embuste para a tomada do trono real. Sei que desde que deixei as cortes destes dois reinos não ajudei muito a manter a presença élfica nos círculos de poder do sul de nosso continente. Sei também que minha atitude demonstrou que não sou muito versada na arte da política. Contudo, ao longo destes últimos anos se eu me afastei dos palácios, me aproximei do povo e dos demais habitantes deste mundo.
Tomando uma pausa para respirar e segurando na mão do vice-rei, ela continua, deixando correr uma pequena lágrima de seus olhos:
- Vi os rostos de muitos aldeões de nossa raça tanto em Âmien quanto aqui. Vi muitos filhos surgidos da benção de Lena sobre nós e os humanos também. Alguns rejeitados tanto por elfos quanto por humanos, mas que mesmo assim souberam reconhecer a bondade e a sabedoria de Palier. Tendo andado tanto e conhecendo tão bem as estradas entre estes dois reinos, eu lhe peço: Não deixe esta guerra começar. Juro que seria a primeira a defender os elfos daqui ou de âmien caso eles estejam em perigo e é isso que estou fazendo. Garanta que o exército de Âmien aguardará qualquer movimento antes da fronteira. Os assassinos que armaram toda esta trapaça só esperam um pretexto para nos atacar! Não me tome por desrespeitosa. Não quer ser mais sábia que o senhor. Apenas estou desabafando com alguém que muito admirei por toda minha vida.
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