A Aldeia (5)
O sacerdote, que se apresenta como Magavir, leva os quatro viajantes para a sua cabana. Depois de pedir desculpas a todos por não ter acomodações melhores, ele estende colchas e tapetes sobre o chão, com algumas almofadas. Em seguida, enquanto prepara uma sopa quente para a noite de outono, diz, num malês esforçado em que de vez em quando aparecem palavras élficas:
— Peço desculpas pela rispidez do resto da aldeia. Mas o momento não é dos melhores, e deve ficar ainda pior agora, com a morte do Prudente. Esta aldeia foi fundada há muitos anos, antes mesmo de ele subir ao trono. Aqui vieram meio-elfos cansados de serem perseguidos e discriminados tanto nas cidades humanas quanto nas florestas élficas. Procuramos viver em paz, mas não gostamos muito de contato com gente de fora. Muitos aqui sequer havia nascido naquela época, mas ainda existem lembranças de uma época de perseguições.
Depois de servir sopa aos quatro, ele tira também seu prato e faz uma prece, para depois contar:
— E nos últimos meses o medo voltou a nossos corações. Uma por uma, todas as nosas crianças foram desaparecendo. Primeiro, eram só as que saíam para a mata. Os pais passaram a proibir seus filhos de saírem sozinhos, mas elas passaram a ser roubadas de dentro das casas, às vezes no meio da noite. Todas as buscas são inúteis. Não encontramos rastros, nem pistas. Tenho pedido a Palier todos os dias que me ajude a encontrar uma resposta. Talvez vocês sejam a resposta a minhas preces.
E aí, o que você faz?2
- Por Ganis... - Exclama Tyssine horrorizada com o que houve com as crianças da aldeia.
Falando em élfico, para que seja bem entendida por Magavir, ela diz:
- Vocês fazem alguma idéia de quem roubou suas crianças? Quando isso começou? Quando a última criança foi levada?
Fandar olha para o vazio, nada existe à sua volta enquanto ele murmura sua prece e sente-se envolver pelo manto negro de estrelas de seu deus. Duas palavras ecoam em sua mente "encontrar crianças" enquanto aguarda uma resposta de Lorde Cruine...(contatos 1)
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