A Aldeia (32)
A noite transcorre tranqüilamente. E, pela primeira vez nos últimos dias, a manhã nasce com o céu límpido, um novo sol brilhando e iluminando a esperança renovada dos aldeões.
Tyssine e Fandar acordam com o som de crianças brincando e gritando. Encontram o sacerdote já de pé, assim como Durvalis.
— Bom dia! Há um banquete preparado para vocês, lá fora — diz o anfitrião. — Mendagor deverá demorar um pouco mais a acordar, só de madrugada o chefe da aldeia o substituiu na vigília para que ele pudesse vir dormir.
Fandar se sente revigorado. As queimaduras da noite passada se foram, num evidente sinal de ação divina. Porém, os chamuscados no seu manto lembram os terríveis momentos que passou. E a cabeça do velho, que ele decepou em meio às chamas, parece olhar para ele, de cima de uma mesa.
E aí, o que você faz?3
Tyssine sente-se um bocado incomodada com a cabeça do velho sobre a mesa e discretmente perguntará a Fandar:
- Sei que vc é melhor conhecedor dos caminhos de Cruine do que qualquer um que eu já tenha conhecido. Porém, não seria possível tira-la daqui? Ela me causa arrepios aterradores.
Fandar segura com ambas as mãos o crânio levando-o proximo ao seu ouvido e cochicha algo ininteligivel onde seria o ouvido do morto.
(e.j: necroconhecimento 1. pergunta: "Quais eram os planos de Ziena?"
Ver Fandra cochichando aos ouvidos da cabeça degolada assusta ainda mais Tyssine, que caminha para o lado de fora e começa a preparar os animais para a viagem.
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